Melancias

Eu não sabia do querer, mas depois de refletir, decidi.
Nesse natal vou querer uma melancia de presente!
A que eu utilizava caiu do pescoço e se espatifou.
E é estranho não ter uma quando todos tem.

Depois que ela caiu, com a leveza que ficou, eu pude perceber:
A maioria das pessoas nem nunca dançaram peladas,
Quem dirás carregar uma melancia no pescoço!
Mas deve ser mesmo uma vida de merda.

No mais, os rabos todos continuam pintados de vermelho.
Vivo, como sangue, para nunca se deixar esquecer.
Pois no fim, o que importa, é aparecer.

Em cheiro, cor, textura e sabor.
Vermelho, doce, com caroços
Mas sempre refrescante.

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